Quando se trata de fertilidade, há muita informação contraditória por aí. Entre conselhos de familiares, histórias de amigas e o que se lê na internet, é fácil confundir factos com mitos. Neste artigo, desmistificamos Mitos Sobre Fertilidade Que Precisam de Acabar — com evidência científica para esclarecer o que é verdade e o que precisa mesmo de ser esquecido.
MITO 1: “Todas as Mulheres Ovulam no Dia 14 do Ciclo”
O que se acredita
Este é provavelmente o mito mais comum. Muitas pessoas assumem que a ovulação acontece sempre no 14º dia após o início da menstruação, independentemente de quem seja.
A realidade científica
A ovulação varia significativamente de mulher para mulher — e até de ciclo para ciclo na mesma mulher.
O que dizem os estudos:
- Um estudo publicado no British Medical Journal analisou mais de 200 mulheres e descobriu que apenas 10% ovularam exatamente no dia 14.
- A ovulação pode ocorrer entre o dia 8 e o dia 21 em ciclos regulares de 28 dias.
- Em mulheres com ciclos irregulares, a janela é ainda maior.
- A fase lútea (após ovulação até menstruação) é relativamente constante (12-16 dias), mas a fase folicular (antes da ovulação) varia muito.
Porque o mito persiste: O ciclo “padrão” de 28 dias com ovulação no dia 14 é usado em livros escolares como exemplo simplificado. Mas a biologia real é muito mais diversa.
O que isto significa para ti:
- Apps que prevêem ovulação com base apenas no calendário são pouco fiáveis.
- Testes de ovulação são a forma mais precisa de identificar o teu dia específico.
- Conhecer o TEU padrão (não o padrão teórico) é essencial para maximizar hipóteses de conceção.
MITO 2: “Testes de Ovulação Baratos Não Funcionam Tão Bem”
O que se acredita
Muitas pessoas assumem que testes mais baratos (especialmente testes de tira) são menos precisos ou confiáveis que os testes digitais caros vendidos em farmácias.
A realidade científica
Todos os testes de ovulação usam a mesma tecnologia base: imunoensaio cromogénico que deteta a hormona luteinizante (LH) na urina.
Não há diferença na precisão entre:
- Testes de tira vs. cassete vs. digitais
- Marcas “baratas” vs. marcas “premium”
O que realmente difere:
- Sensibilidade: alguns testes detetam LH a partir de 20 mIU/ml, outros a partir de 25 mIU/ml. Ambos são eficazes para a maioria das mulheres.
- Formato de leitura: testes digitais mostram resultado em palavras (“sim/não”), enquanto testes de tira mostram linhas que precisas de interpretar visualmente.
- Preço: testes de tira são 70-80% mais baratos porque têm menos plástico, embalagem e marketing.
Certificação: Marcas como Easy@Home e Femometer (testes de tira premium) têm:
- Certificação CE Europeia
- Aprovação FDA (Estados Unidos)
- Estudos clínicos com precisão >99%
- Milhões de utilizadoras satisfeitas globalmente
Porque o mito persiste: Marketing de marcas grandes cria a perceção de que “mais caro = melhor”. Mas em testes de ovulação, estás literalmente a pagar pela embalagem e pelo nome, não pela tecnologia.
O que isto significa para ti:
- Podes confiar plenamente em testes de tira de marcas certificadas.
- A poupança (até 70%) pode ser usada para comprar mais testes e acompanhar vários ciclos.
- A interpretação visual torna-se intuitiva após 2-3 dias de uso.
MITO 3: “É Preciso Ter Relações Sexuais Todos os Dias Para Engravidar”
O que se acredita
Há quem pense que, para maximizar hipóteses, é necessário ter relações sexuais todos os dias do mês — ou pelo menos durante todo o período de ovulação.
A realidade científica
A janela fértil é limitada: apenas 5-6 dias por ciclo.
Estudos mostram:
- A probabilidade de conceção é máxima nos 2-3 dias ANTES da ovulação e no dia da ovulação.
- Espermatozóides sobrevivem até 5 dias no aparelho reprodutor feminino.
- O óvulo sobrevive apenas 12-24 horas após libertação.
- Ter relações diárias fora da janela fértil não aumenta hipóteses de gravidez.
Mais não é necessariamente melhor:
- Relações sexuais diárias podem reduzir ligeiramente a contagem de espermatozóides em alguns homens (embora isto raramente seja problemático).
- Pode criar pressão e stress no casal, transformando sexo numa “tarefa”.
- Dias alternados durante a janela fértil são igualmente eficazes.
Recomendação científica:
- Identifica a tua janela fértil (com testes de ovulação).
- Tem relações 2-3 vezes durante essa janela específica.
- Prioriza qualidade e conexão emocional sobre quantidade mecânica.
O que isto significa para ti:
- Não precisas de ter relações todos os dias (nem na janela fértil).
- Usar testes de ovulação permite “timing preciso” sem exageros.
- Menos pressão = experiência mais positiva para o casal.
MITO 4: “Se Não Acontece em 3 Meses, Há Algo Errado”
O que se acredita
Muitas pessoas ficam preocupadas se não engravidam nos primeiros 2-3 meses de tentativas, assumindo que existe um problema de fertilidade.
A realidade científica
A fertilidade humana é menos eficiente do que muitos pensam.
Estatísticas reais:
- Casais saudáveis e férteis têm aproximadamente 20-25% de hipótese de conceção por ciclo (na melhor das hipóteses).
- Após 6 meses de tentativas: cerca de 60-70% dos casais engravidam.
- Após 12 meses: aproximadamente 85% dos casais engravidam.
- Isto significa que 15% dos casais demoram mais de 1 ano, mesmo sem problemas médicos.
Fatores que influenciam:
- Idade (fertilidade diminui gradualmente após os 35 anos)
- Frequência de relações durante janela fértil
- Identificação correta do dia de ovulação
- Saúde geral e estilo de vida
Quando procurar ajuda médica:
- Após 12 meses de tentativas (se tens menos de 35 anos)
- Após 6 meses de tentativas (se tens 35+ anos)
- Imediatamente se há historial de problemas reprodutivos, ciclos muito irregulares ou condições médicas conhecidas
Porque o mito persiste: As pessoas que engravidam rapidamente partilham as suas histórias, criando uma perceção distorcida de que é “sempre rápido”. Os 40% que demoram mais de 6 meses não são tão visíveis.
O que isto significa para ti:
- 3 meses é cedo demais para preocupações.
- Paciência é parte normal do processo.
- Usar testes de ovulação desde o início maximiza hipóteses em cada ciclo.
- Stress sobre “demorar muito” pode ser contraproducente.
MITO 5: “Stress Impede Completamente a Gravidez”
O que se acredita
“Relaxa e acontece!” — quantas vezes já ouviste isto? Há uma crença de que stress emocional impede totalmente a conceção.
A realidade científica (mais nuançada)
Stress não impede gravidez, mas pode ter impacto.
O que dizem os estudos:
- Stress crónico elevado pode afetar a ovulação em alguns casos (através do eixo hipotálamo-hipófise-ovário).
- Níveis moderados de stress não impedem gravidez na maioria das mulheres.
- Um estudo de 2016 (Fertility and Sterility) mostrou que stress não previu tempo até conceção em mulheres saudáveis.
- Contudo, stress extremo (trauma, doença grave) pode temporariamente interromper ciclos.
A verdadeira questão: O mito é prejudicial porque:
- Cria culpa: “Se estou stressada, é culpa minha não engravidar.”
- Adiciona pressão: “Agora tenho de relaxar!” (o que causa mais stress).
- Ignora factores reais: ovulação, timing, qualidade de espermatozóides, etc.
Diferença entre stress agudo vs. crónico:
- Stress agudo (dia stressante no trabalho): sem impacto significativo
- Stress crónico severo (meses de ansiedade extrema, trauma): pode afetar hormonas
Recomendação equilibrada:
- Gerir stress é importante para saúde geral (não apenas fertilidade).
- Mas não te culpes se estiveres ansiosa — isso é completamente normal!
- Foco em fatores controláveis: usar testes, ter relações no timing certo, saúde física.
O que isto significa para ti:
- Não precisas de estar “zen perfeita” para engravidar.
- Ferramentas certas (como testes de ovulação) reduzem ansiedade ao dar certezas.
- Cuida da tua saúde mental, mas não te culpes pelo stress.
Conclusão: Conhecimento Reduz Ansiedade
Desmistificar estas crenças não é apenas uma questão académica — tem impacto real:
✓ Reduz ansiedade desnecessária quando sabes que demorar 6-12 meses é normal.
✓ Poupa dinheiro ao perceberes que testes “baratos” são tão eficazes quanto caros.
✓ Maximiza hipóteses ao identificares o TEU dia de ovulação (não o “dia 14 mítico”).
✓ Elimina pressão ao saberes que não precisas de relações diárias.
✓ Remove culpa ao entenderes que stress moderado não impede gravidez.
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Fontes científicas:
- Wilcox AJ, et al. “Timing of sexual intercourse in relation to ovulation.” New England Journal of Medicine (1995)
- Colombo B, Masarotto G. “Daily fecundability: first results from a new data base.” Demographic Research (2000)
- Practice Committee ASRM. “Optimizing natural fertility.” Fertility and Sterility (2017)
- Lynch CD, et al. “Preconception stress increases the risk of infertility.” Fertility and Sterility (2014)
Artigo informativo. Para questões específicas sobre a tua fertilidade, consulta sempre um médico especialista.
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